A perda trágica de um pet, deveria ser vista com mais seriedade.
Segundo o psicólogo americano Larry Lachman, a morte de um animal traz efeitos semelhantes à perda de um ente querido. Há 16 anos, o Dr. Lachman vem dando apoio psicológico a grupos de pessoas que perderam os seus bichos de estimação.
O Dr. Lachman diz que a morte de um animal de estimação é uma perda verdadeira e a dor deve ser respeitada. “As pessoas sofrem proporcionalmente ao que amaram o animal. Perdas muito grandes podem demorar de seis meses a quatro anos para serem superadas”, diz Lachman. Para ele, a sociedade em que vivemos lida com o medo da morte negando-a, o que piora o sofrimento causado pela perda.
Para quem está sofrendo com a partida de um pet, o psicólogo dá algumas dicas. “Perder, sofrer, curar, entender, tudo faz com que aprendamos e cresçamos como pessoas”, diz Lachman.
- Extravase seus sentimentos
- Proteja-se em um casulo emocional
- Descanse bastante, perder alguém importante cansa bastante
- Respeite a importância de sua perda
- Seja paciente com o processo de aceitação de sua perda
- Não pare de se alimentar
- Coloque as coisas em perspectiva e leve seu sofrimento a sério
- Procure pessoas que compreendam sua situação ou que estejam vivendo a mesma situação para conforto.
Conheça as fases do reconhecimento do luto
Segundo Jennifer Marshall, conselheira expert em lidar com a perda de pets, a dor pela morte de um animal de estimação pode ter diferentes estágios.
A perda começa no momento em que o pet morre e vem acompanhada pelo sentimento de impotência que pode durar de horas a semanas. É um período descrito normalmente como “irreal” (vivido, por exemplo, por quem opta pela eutanásia do seu animal). Pessoas nessa fase podem ter ideias confusas, indiferença, pensar em suicídio, sentir-se impotente, euforia ou histeria, sentir-se fora de seu corpo, ficar subitamente falante demais e negar a perda.
Quando a saudade do bicho que se foi aperta muito, passamos para a fase de procura. Nesse estágio, o dono se ocupa com pensamentos do animal morto, sonha com ele e chega a ver ou ouvir o bicho chamando. Sentimentos comummente descritos são tristeza, medo, raiva, irritabilidade, culpa e carência. Às vezes a raiva não é direccionada à perda, mas sim a alguém da família, o veterinário, a si mesmo ou a Deus. A pessoa pode de repente ter uma crise de choro e fisicamente, pode ficar doente, sentir dor e ter alterações bruscas de peso, cansaço e mudança no apetite.
Na fase de desorganização, acontece a volta e a adaptação à vida sem o pet, o que pode causar um pouco de confusão, já que a pessoa necessita avaliar e aprender novas formas de organizar a vida (por exemplo, como preencher aquele espaço vazio sem que alguém venha cumprimentar pelo “progresso”).
As pessoas que sofrem se esquecem que a dor é um processo e por meio dele, aprende a lutar contra ela. O pet que se foi não será esquecido, mas o dono aprende a viver com essa perda e reorganiza sua vida. A intensidade da dor diminui e as pessoas descobrem que elas ainda podem comer e dormir, até ter novos pets. A tristeza e as lágrimas podem acontecer, bem como as alegrias de ter de novo um pet em casa.
Apoio garantido
Nos Estados Unidos, existem grupos especializados em dar apoio psicológico a pessoas que perderam seus pets. A American Pet Loss and Bereavement www.aplb.org, entidade sem fins lucrativos que reúne conselheiros especializados em lidar com a dor da perda de animais de estimação. “Trata-se de um serviço muito importante, pois se a conexão entre o proprietário e o pet era forte, o sofrimento causado pela morte do animal é muito intensa e se não tratada, o trauma pode trazer sérias consequências. No caso de deficientes, essa perda é ainda mais crítica”, diz Cheryl Nahas, conselheira responsável por cães de serviço da APLB.
Fonte: Wikipedia
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